Moro longe da civilização,
minha sombra nasce em outra era
A trova da minha natureza não canta
Mortes trágicas de donzelas!
A poesia pulsa descompassada nas veias,
com a fumaça sobe rosas ao ar,
e as borboletas são por nossa conta!
Nos lábios vermelhos e úmidos da musa
liberto com fogo a inspiração,
a textura suave do corpo suspiroso
da vida, a minha canção!
Toco-lhe, puro instrumento para arte,
e descubro em suas linhas
as notas mais altas da verdade.
Descendemos de parte eterna
dos antigos deuses pagãos,
deixe que os incrédulos passem!
Vestidas de escuridão e estrelas,
dancemos noite à dentro
que as horas correm longe!
Empinemos a taça dos desejos,
consagremos à existência sem receios!
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