domingo, 28 de junho de 2009

As pétalas de outono desfazem
o céu em pequenos fragmentos,
em mil estrelas a celagem
declina em profundos tormentos.

Nos cristais de seus olhos a miragem
de mortes em segundos de momento
E luzes de explosões que se refazem
Em pétalas de outono no firmamento

Espelhos se partem em elipses,
cheias de pelas e materiais,
véu, vento e eclipse,
Construindo de outono catedrais

Em densos rubros murais
todas as cenas estão expostas,
antigos ritos teatrais,
pétalas de outono sem resposta.

O claro anjo esta no ar
inundando de perigosos sentimentos,
Fina seda de tétrica beleza, ímpar,
pétalas de outono em pensamentos.

Choram nossos fingimentos
no verão de seus vitrais!
Queimam as pétalas de nossos tempos
sem outono e nada mais.

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