sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Arrisquei estancar, mas era tanto que não era sensato suportar. Parti feliz quando tanto vazio fez uma solitária lagrima voltar.
Resguardo este espaço de momentos onde não quero - ou sustento - mais nada.
Renuncio a realidade e traço objetivos como quem morre, essa lágrima trouxe consigo um último desejo... De que tudo fique longe, e por fim se apaga a ultima luz neste olhar que daqui para a frente estará sempre fechado.
Vi claramente, tantas vezes, o próprio senhor das moscas titereiando estas máscaras que agora rejeito acompanhar uma novela que em círculos sempre se renova.

...e sobre o anterior questionamento, escolho matar a alma e continuar vivendo.





O Deus-Verme
Augusto dos Anjos

Fator universal do transformismo.
Filho da teleológica matéria,
Na superabundância ou na miséria,
Verme - é o seu nome obscuro de batismo.

Jamais emprega o acérrimo exorcismo
Em sua diária ocupação funérea,
E vive em contubérnio com a bactéria,
Livre das roupas do antropomorfismo.

Almoça a podridão das drupas agras,
Janta hidrôpicos, rói vísceras magras
E dos defuntos novos incha a mão...

Ah! Para ele é que a carne podre fica,
E no inventário da matéria rica
Cabe aos seus filhos a maior porção!




+ William Golding - o senhor das moscas (livro pdf - 4shared link) (Wikipédia)
+ "Senhor das Moscas" (Wikipédia)

black box

Essa foi boa, uma cilada, dessas que achei que já estava salva, e me vi guiada por uma aspiração alienada.
Um anseio demente e oposta calmaria apascentada... E descoberta, a fraqueza se desmancha prostrada. Apenas não era nada e a esperança cala e jaz resignada.







Sombras da morte que insistem em nos levar, peço que esta noite eu não possa mais voltar”.