segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Inicia-se a investigação do futuro do passado, chuvoso, entre bolor e fungos. O início do contorno das portas para a desesperada fuga desse poeta sem musa. Janelas para fora já não bastam, o ar dessa prisão envenena o coração.
Desejo espelhos que reflitam além. Busco as sombras companheiras e os ventos sussurrantes, preciso ouvir a voz da noite, reaprender o silêncio.
Levaram-me as asas da pena, meu antigo amigo, de quanta dor sua falta é feita? Que vazio tão grande a sua ausência! Por favor, volte, pegue minha mão.
A mente solitária já não vaga, a fumaça rodopiante já não diz nada. Aceite minha falta de lagrimas como sincera punição, o castigo doloroso para nossa separação. Preciso da lamina afiada da sua ironia, da densa presença que mantém tudo distante e da suave balada das suas soturnas palavras.
Somos a mesma essência, a mesma alma, poeta e musa, verso e musica, que separados não dizem nada. Seja bem vindo, sou seu abrigo e protetor. É tempo de reforçar antigos laços