sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Tudo me cobra minha gordura, minha liberdade, meus vícios. Não há saída dessa roda da vida - e se há, é altamente pouco recomendável.
Qualquer merda é mais santa e mais pura.
Aquele bolo que não cresceu refletiu a minha tensão, mas o chocolate salva qualquer alma, bendito mal.
Puta bolo problemático, não quis ficar na fôrma, com laranja e cenoura ainda é todo perigoso, deformado, mais ainda assim interessante... Tem muito a ver comigo...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Gastei meu ultimo fumo com insultos e aquela dorziiiinha...hum.

A noite dos poetas loucos soa descargas distantes. Diz tanto... Distúrbios doentios desprendem-se para enroscarem-se na rede.

Reconheço passos frios e sem estrelas, e toda lealdade que acompanha a saudade num amanhecer cinzento.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Ah, não olhe assim tão longamente distante, esse sorriso fotográfico. Pra onde foi tudo? Em que umbrais? Que maldição tornou seus dias cheios de ais?

Há fugas desesperadas pelas noitissimas horas, todas as saídas são armadilhas de volta.

Sua infelicidade velada envenena a conta gotas todos os seus amores, a culpa é toda sua, mas fuja, fuja...

Não há profecia que valha covardia e os nódulos escuros nos corações amigos, mas seu fim solitário será esquecido.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

A chuva caindo, e o sentido da vida? O sentido da ida? A nostalgia noturna me pega nos pelos, na pele. A força vai acabar.

Ouço o vento trazendo gritos e sussurros indissociáveis, mundos distantes.

Seus dentes me lembram sua caveira, é a parte mais profunda de você nas fotos... E nos fatos. Eu nunca tive forças pra usar uma faca.
Se te pego nesses sonhos não sobra nada, aliás, vocês todos!

Nas armadilhas da memória misturo álcool e fogo e transformo fantasias, nostalgia maldita.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Eu na porta, com o baralho na mão, pronta para o jogo, observava andar ruidoso o distraído.

Gosto-te assim, louco, na mesa te passo um As, atiro o cigarro vaporento longe, enquanto analiso extasiada suas copas: Como pôde?

Quando a mesa caiu a briga já estava na parede, no chão, nos copos... Aquelas copas...
Pego do maldito cigarro e ponho fogo

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Inicia-se a investigação do futuro do passado, chuvoso, entre bolor e fungos. O início do contorno das portas para a desesperada fuga desse poeta sem musa. Janelas para fora já não bastam, o ar dessa prisão envenena o coração.
Desejo espelhos que reflitam além. Busco as sombras companheiras e os ventos sussurrantes, preciso ouvir a voz da noite, reaprender o silêncio.
Levaram-me as asas da pena, meu antigo amigo, de quanta dor sua falta é feita? Que vazio tão grande a sua ausência! Por favor, volte, pegue minha mão.
A mente solitária já não vaga, a fumaça rodopiante já não diz nada. Aceite minha falta de lagrimas como sincera punição, o castigo doloroso para nossa separação. Preciso da lamina afiada da sua ironia, da densa presença que mantém tudo distante e da suave balada das suas soturnas palavras.
Somos a mesma essência, a mesma alma, poeta e musa, verso e musica, que separados não dizem nada. Seja bem vindo, sou seu abrigo e protetor. É tempo de reforçar antigos laços