adaga corta, sangra
eu mataria se fosse liberdade
nunca consegui terminar
o caminho da navalha
pura covardia, só, mais nada.
mas não dou valor
não guardo magoa
não guardo nada
guardaria seu coração numa caixa
não sinto pena
mas masoquismo é um pouco minha praia
ser "espirito superior" já não me interessa
quero que esse demônio que você chamou
faça amor com sua alma.
que pontas dentes afiadas
cintilando escuridão
tracem seu rumo, não protejo, não oro
por uma vadia atormentada
vou ver a sua queda
sem trégua
não é culpa minha
vejo, não teço
De onde estou
cruzo os braços e observo
a armadilha que você se armou
boa viagem!
Ratos, baratas e outras coisas que vivem de sobras... e que vão dominar o mundo. *Não me julgue: nada disso é real!
sábado, 3 de outubro de 2015
Eu nunca soube muito bem como lidar com o mundo, em certa época pensei que o erro fosse meu, deixei que pessoas se aproximassem, conheci um bizarro baile de máscaras.
Se você se sente assim, saiba que não é você o curinga do baralho, o louco, o enforcado, você talvez seja um dos rebeldes e isso não é nada.
A realidade é subjetiva.
Não se engane, caro artista, sem arte o mundo não é nada,
Se você se sente assim, saiba que não é você o curinga do baralho, o louco, o enforcado, você talvez seja um dos rebeldes e isso não é nada.
A realidade é subjetiva.
Não se engane, caro artista, sem arte o mundo não é nada,
Minha
intenção era das melhores, fazer as pazes.
Hoje eu
rasgo a realidade com as unhas, puxo a pele fina que se enrola, só existe
escuridão.
Observo o
cotidiano distante, pessoas que passam, conversas vazias, por dentro me encolho,
traído, na dor.
São ratos e
baratas que roem a nossa vida, o desejo é abstrato.
Só há
escuridão.
Respirando
a imundice do mundo sorrio para fantoches vazios de alma e com um buraco no
lugar do coração, onde esta a escuridão.
Esse quadro
surreal se desmancha num borrão... Explosões distantes...
Da caixa
escura dos meus pensamentos surgem seres que se contorcem e com as mãos retiram
fios vermelhos do estomago e oferecem como prova de vida, “veja” eles falam e
caem ecoando pelo chão, a neblina negra os devora.
Dedos e
sangue se misturam, pele, olhos,
sobrancelha... Tudo estremece numa oscilação venenosa, da escadaria vem a destruição
e vai embora.
Aos poucos
a realidade se levanta, ela sempre volta. Recolho fragmentos de passado e faço
o sentido do agora, aprendemos a sobreviver um dia e isso nos escora.
Meu juízo me
repreende e dá risada... Não há fuga mais insana do que fazer piada...
Quanto mais
experimento a vida, mais aprendo aprendo a morte
cada um de nós, completamente
sós.
Pessoas e mundos passam por nós como furacões, sacodem nossa ordem,
depois deixam aquela sujeira que sempre estamos limpando, lagrimas num canto,
sorrisos pelo chão, fotos que ficam amareladas na memória. E acumulamos varias
caixas antigas de lembranças, todas diferentes, mas se não colocamos etiquetas
não as diferenciamos
black box
há corações que sangram
uma dor que o mundo não transmuta
sangram o sangue que suas almas não comungam
a folha cai, a pedra funda
a água vai e pelo amor solitário expurga
vejo homem, sou planta, a pedra superior
tento calma, a minha alma, que cresce
de terrível, tanta dor, é maior que o mundo
vi a cor, senti o som, anjos sofrendo sem retorno
a flor que nasceu no asfalto
a folha verde que rebelde cresce
a alma da arte arde e clama
sozinha, nula, impotente
seus filhos puros sacrificados
que sacro oficio
ter um mundo tão lindo
e nele viver seres de si exilados
a pureza é a rebeldia
dessa era tão insana
onde estão os guerreiros bons
que protegem as almas puras?
O gambá apedrejado
a erva forte que é julgada dana
quem enxerga a doce canção
que esses anjos cantam?
que nos acalante a ilusão de um céu
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