sábado, 7 de agosto de 2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

black box

Seguramente, não há onde pisar
Figuras pendem das paredes
Ecos de fontes ausentes
Contornos alterados, ruído.

É o bater de asas do anjo do abandono.

Abrigo.
Movimentos lentos de suspiro
reorganizando sentidos.
...são os antigos guias que vem vindo.

Vou levantar, lembro de saber rezar:
Oh, arte, não me abandone! Onde foi?
Para escrever sua falta,
Machuquei-me a noite inteira
Quanta besteira, tão tola assim...
Lua cheia de ir embora,
deixe estrelas...
e paz...
e um tanto de ordem...
Mas volte.

refletindo

Se eu não acreditasse em nada, não pensaria em nada, e seria eu também nada.
Se duvido, logo acredito. Há formas de duvidar de algo que não acreditamos? Pelo menos em parte temos que considerar: existe.
Nunca entendi esse lance de Deus ser onisciente, onipresente, e querer que a gente se confesse. Pois, ora, se ele sabe tudo, pra que perguntar? Pra testar nossa humildade? Quem testa a humildade de alguém não está no pedestal da arrogância? Pra mim, não faz sentido. A divindade entra em contradição nas leis do homem, pois está fora delas (e não é um homem).
Liberdade é algo que desejamos para nós, não para os outros. Quando algo que queremos prender quer voar, dói no coração que ele se abra, logo, é uma prisão.
Orgulho de ser o que se é, é diferente de arrogância. Humildade é diferença de se inferiorizar.
Eu tenho meus princípios, mas às vezes, deslizo. 
Se eu fosse me confessar com Deus, diria: Entrei várias vezes no vale da sombra e da morte, por adorar a sombra, por saber-me morte, e uma vez lá, chorei como uma criança pra sair, mas sempre prometendo não voltar... volto, por conta própria. =) Me gustan las cosas oscuras (6)
Sou a pessoa mais cristã que conheço. Apesar de não considerar religião a causa disso... são os meus princípios (aqueles em que deslizo às vezes).
Justiça não existe. Bem e mal são pontos de vista.
10º Eu realmente acredito que tudo está interligado, por uma energia que nos une e permeia, e que se sinto algo aqui, alguém pode sentir em outro planeta, plano, espaço, se quiser. Essa energia eu acredito sendo Deus, e acredito sendo viva, acredito sendo ser. E acho isso muito bonito, poético, e me julgo romântica e artista por acreditar, mas acredito.
11º Pessoas me assustam sempre, sendo más, mais sendo boas, bondade me assusta. Quanto mais perto alguém chega do nosso sentimento, mais frágil nos tornamos, mais vitimas nos dispomos, e eu não gosto disso. Quando vejo algo realmente bom, acho mais fácil acreditar em Deus como o bardudo na núvem, do que na ação boa por si.
12º Quanto mais frágil eu me sinto, mais egoísta fico, e quero que as pessoas sejam minhas, e as plantas, e os bichos, depois fico me punindo =) São lapsos (os deslizes).
13º Adoro o numero 13. Me dá sorte. Eu sempre tive sorte. Má sorte, mas sorte.
14º Realmente eu não queria que algumas pessoas fossem embora.
15º Elas sempre vão, fatalidades da vida ou da liberdade (coisas tão curtas, não dá pra querer prender isso, né?).
16º Eu tenho planos, mas sempre estou disposta a desviar o caminho. Pois vivendo a gente aprende, e ignorar o que aprendemos para seguir as velhas convicções é como usar um cabresto.
17º Às vezes tenho medo de ficar sozinha pra sempre, mas tenho mais medo de prender alguém comigo. Não quero fazer isso. Isso é importante.
18º As pessoas que passaram pela minha vida, fizeram parte dela, tornaram-se parte dela. Considero minha vida muito importante =) Não posso deixar parte dela por ai, gosto de cuidar de quem gosto, por gostar de mim. Egoísmo puro. Cuido de quem gosto como da minha vida, de longe, observando, mandando energias boas (acredito em energias), mas tomando cuidado pra não podar a liberdade. Eu gosto tanto dessa tal de "liberdade utópica", que sou até julgada como fria e distante por não prender ninguém, e se é pra ser assim, que seja. *As pessoas gostam de se pensar livres, mas não querem ser, por conforto, eu acho.
19º É confortavel morar em uma gaiola.
20º Acredito mais em acasos do que em destino.
21º Acredito mais em fazer acontecer do que esperar pra ver, mas espero tanta coisa. (Ah, a esperança...tsc)
22º Tenho que me lembrar que sou o que eu quis ser, exatamente, e ainda estou do caminho pra perfeição dos meus desejos, sou escrava deles, dos desejos, vivo por eles. 
23º Eu gosto de olhar para o céu para ver nuvens, sempre que alguém faz isso segue-se de um suspiro, a gente lembra que respira, e que tem um putaabismo pra cima, e que é bonito de ver, nossa. =) Putabismo pra cima! Se for pra cair, queria cair lá =)
24º Eeee putabismo!
25º Gente de mau caráter, queria matar todo mundo =) Os de mau caráter, segundo meu julgamento, claro. É uma pá de gente heim, nossa.
26º Eu exagero, gosto. Grandeza me interessa, mesmo que for uma grandeza em números pequenos, saca? Os "mili" e tal... ^^
27º Coisa pouca eu dispenso, minha vida é importante, rapá!
28º Tô quase no 30 (na idade também). Que mais? Hum, eu "tenho que" uma pá de coisas, mas odeio "ter que". Saca, coisas como "Ah, você tem que fazer isso, pra ser isso". Odeio. Mas tem que... 
29º Sabe do que eu gosto em gente? Da complexidade, gente simples, que não questiona, que não surta, que não explode, não me interessa. 

[PAUSA PRA TEORIA]

Teoria da gente nula

Em um lugar onde não existe uma pessoa de fato, considera-se uma pessoa nula. Todo espaço onde poderia ter uma pessoa, pode ser considerado o espaço de uma pessoa nula. Sacou?

Se você chega num lugar, que tá loootado de gente, e não conhece nenhuma delas, não tem ninguém lá. Onde não tem ninguém, tem uma pessoa nula. Logo, são pessoas nulas. =)

[FIM DE PAUSA]

...gente nula é um saco, bora conhecer então, quem sabe não muda? ^^ *Na maior parte dos casos, continuam nulas =P

30º Fim. O importante não é o fim, mas o caminho. Cada dia na sua vida é único, e nunca mais vai voltar a se repetir, nuuunca. Isso é complexo. =) *Lembrar de aproveitar o caminho, mesmo a parte ruim.



Quando há atração sexual e o ciúme entra é porque não há amor.
Há medo, porque o sexo é uma exploração.
O medo se torna ciúme.
Não se pode amar alguém não-livre, pois o amor só existe se dado livremente, quando não é exigido, forçado e tomado.
Quanto mais controlamos, mais "matamos" o outro.
As causas do ciúme estão dentro de nós; fora estão só as desculpas.
O amor não pode ser ciumento.
Ele é sempre confiante.
Confiança não pode ser forçada.
Se ela existir, segue-se por ela.
Senão, é melhor separar, para evitar danos e destruição e poder amar outra pessoa. Quando amamos alguém, confiamos que não quererá outro.
Se quiser, não há amor e nada pode ser feito.
Só através do outro tornamo-nos conscientes de nosso próprio ser.
Só num profundo relacionar-se o amor de alguém ressoa e mostra sua profundidade: assim nos descobrimos.
Outra forma de autodescoberta, sem o outro, é a meditação. Só há dois caminhos para chegar ao divino: meditação e amor.

OSHO

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Black Box

Numa fortuna bizarra, algo divino se mostra, não há como negar.

Entre tanto nada uma pedra no caminho, às vezes, parece um oásis.

"Poderia ser pior" já não consola... poderia ser melhor.

"o que não me mata, me fortalece"...dentro da fortaleza do meu ser, sinto tão cansada.

 A luta um dia acaba... sempre antes pra quem amamos, sempre tarde... pra tantas coisas.

Imagine.
"A arte é sempre libertária"


"Trouble is my middle name
But in the end I'm not too bad"

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Black Box

Símbolo de infinita perfeição
É apenas a alma desta flor,
Edificada na morada da dor,
Brota infimamente ressurreição.

Banhada por lagrimas e silêncio
em noites solitárias
derramadas pelo mundo.

Quietude de significados plenos
Intercalados por um murmúrio do vento
E fumaça rodopiando rosas de um incenso.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Em Nome do Pai

Estação das Brumas - http://estacao-das-brumas.lyrics-songs.com/
by Rafael Oliveda

As folhas caem se espalhando pelo chão...
Com a brisa que te abraça sem parar
Suas flores morrerão com o verão...
Levo outras quando for te visitar
A carcaça apodrecida estende a mão...
Para o seu filho que não para de chorar
Com arames esmagando o coração...
Em minha mesa ninguém toma o seu lugar

Bosta e caviar...

Me abrace, me beije mas faça parar...
Me bata, me cuspa mas faça parar...
As baratas vigiam quem dorme no chão

Um diário mentiroso me contou...
Que ainda é possível te encontrar
Na verdade um jovem hippie publicou...
Nunca vi tanta besteira para rasgar

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Arrisquei estancar, mas era tanto que não era sensato suportar. Parti feliz quando tanto vazio fez uma solitária lagrima voltar.
Resguardo este espaço de momentos onde não quero - ou sustento - mais nada.
Renuncio a realidade e traço objetivos como quem morre, essa lágrima trouxe consigo um último desejo... De que tudo fique longe, e por fim se apaga a ultima luz neste olhar que daqui para a frente estará sempre fechado.
Vi claramente, tantas vezes, o próprio senhor das moscas titereiando estas máscaras que agora rejeito acompanhar uma novela que em círculos sempre se renova.

...e sobre o anterior questionamento, escolho matar a alma e continuar vivendo.





O Deus-Verme
Augusto dos Anjos

Fator universal do transformismo.
Filho da teleológica matéria,
Na superabundância ou na miséria,
Verme - é o seu nome obscuro de batismo.

Jamais emprega o acérrimo exorcismo
Em sua diária ocupação funérea,
E vive em contubérnio com a bactéria,
Livre das roupas do antropomorfismo.

Almoça a podridão das drupas agras,
Janta hidrôpicos, rói vísceras magras
E dos defuntos novos incha a mão...

Ah! Para ele é que a carne podre fica,
E no inventário da matéria rica
Cabe aos seus filhos a maior porção!




+ William Golding - o senhor das moscas (livro pdf - 4shared link) (Wikipédia)
+ "Senhor das Moscas" (Wikipédia)

black box

Essa foi boa, uma cilada, dessas que achei que já estava salva, e me vi guiada por uma aspiração alienada.
Um anseio demente e oposta calmaria apascentada... E descoberta, a fraqueza se desmancha prostrada. Apenas não era nada e a esperança cala e jaz resignada.







Sombras da morte que insistem em nos levar, peço que esta noite eu não possa mais voltar”.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Sabia que o sofrimento esperava na porta de saída... Mas a saudade eu senti antes mesmo de você partir e agora já não resta nada.
Ah, sem tragédias.

A vida vaga... Um barquinho carregado ao sabor de um rio ermo para um oceano desconhecido.
Nem os fantasmas marginais se interessam pelo solitário tripulante... Que mudo se apaixona apenas pela calmaria noturna de um céu distante.