segunda-feira, 2 de agosto de 2010

black box

Seguramente, não há onde pisar
Figuras pendem das paredes
Ecos de fontes ausentes
Contornos alterados, ruído.

É o bater de asas do anjo do abandono.

Abrigo.
Movimentos lentos de suspiro
reorganizando sentidos.
...são os antigos guias que vem vindo.

Vou levantar, lembro de saber rezar:
Oh, arte, não me abandone! Onde foi?
Para escrever sua falta,
Machuquei-me a noite inteira
Quanta besteira, tão tola assim...
Lua cheia de ir embora,
deixe estrelas...
e paz...
e um tanto de ordem...
Mas volte.