Arrisquei estancar, mas era tanto que não era sensato suportar. Parti feliz quando tanto vazio fez uma solitária lagrima voltar.
Resguardo este espaço de momentos onde não quero - ou sustento - mais nada.
Renuncio a realidade e traço objetivos como quem morre, essa lágrima trouxe consigo um último desejo... De que tudo fique longe, e por fim se apaga a ultima luz neste olhar que daqui para a frente estará sempre fechado.
Vi claramente, tantas vezes, o próprio senhor das moscas titereiando estas máscaras que agora rejeito acompanhar uma novela que em círculos sempre se renova.
...e sobre o anterior questionamento, escolho matar a alma e continuar vivendo.
O Deus-Verme
Augusto dos Anjos
Fator universal do transformismo.
Filho da teleológica matéria,
Na superabundância ou na miséria,
Verme - é o seu nome obscuro de batismo.
Jamais emprega o acérrimo exorcismo
Em sua diária ocupação funérea,
E vive em contubérnio com a bactéria,
Livre das roupas do antropomorfismo.
Almoça a podridão das drupas agras,
Janta hidrôpicos, rói vísceras magras
E dos defuntos novos incha a mão...
Ah! Para ele é que a carne podre fica,
E no inventário da matéria rica
Cabe aos seus filhos a maior porção!
+ William Golding - o senhor das moscas (livro pdf - 4shared link) (Wikipédia)
+ "Senhor das Moscas" (Wikipédia)