segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Ancorou no velho cais pra reorganizar conflitos sem trazer ordem, não parta... As lembranças em desgosto.

E sentido inerte sem motivação alguma na incoerência de experimentar o caos e desejar apreender alguma coisa.

Remotas areias se libertam da ampulheta para escorrer entre os dedos na liberdade vertiginosa... Da queda.

Conhecemos o fim e provamos cada instante como um vício alucinante, a força do choque de noturnas tempestades opostas.
E uma graça melancólica nos lábios quotidianos onde o sol aponta.

domingo, 18 de outubro de 2009


Acre é a lágrima inexistente em um nó que não desata
Nessa linha de serpentes
na garganta... Mais um sorvo de atitudes rudes e pessoas de alma suja.
Ah! Uma cruz que já produziu calos,
Gostaria de não gostar
e tolerar decentemente as sombrias agulhas de gelo que atravessam o coração.

Ancestral batida pulsando... Vida ou qualquer coisa navegando nas "águas verdes do Lethe"

*"Hey you! Don’t help them to bury the light
Don't give in without a fight"


**a vela apagou. 

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Entusiasmo apaixonado, alucinações!
A real fantasia, fantasmagoria
Receio refletindo espelhos
É melhor não ser tão frágil,
pondero: “se me permito, submerjo”
E essas janelas caem o tempo inteiro
com todos os sentimentos profundamente abismos.

Disse o adeus e anoiteceram parições trazidas pelo demônio,
"é veneno velado" - cismo.

Em flashs a luz percorre aparições sorrindo, em tons graves infinitamente repetitivos, você os ouve rindo?
Sufocante batida que nunca termina... Celebro a juventude degustando morte.
Repito e ratifico: Prazer e dor estão no mesmo caminho.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Sinto seus olhos, trevas do impuro, observam em silencio todas as lágrimas em pensamentos que esse triste cavaleiro já não mais derrama nesse mundo.

Noites dessas, em que as arvores sussurram pesadelos, são abandonados os viajores, peregrinos de linhas sem futuro.

Quando sentir então um grito percorrer a alma, observe atentamente como as coisas num repente se movem lentamente nas sombras que lhe cercavam.

Não há nada neste mundo que não seja fascinante, mais que as frases absurdas ou as letras que empilhamos em estantes.

Coisas ruins sempre acontecem sendo boas para alguém... e sobre isso estou sempre no lado B, mas não existe prazer sem um pouco de dor.

E o mortal inda empunha o antigo cálice (realmente) doce e amargo... Cada passo no improvável é um cortejo fúnebre de enleios - e velas para encaminhar os mortos. Dói? Por um desejo consentido eu já teria sumido, é o que digo.
Você foi luz quando só havia trevas, hoje a onda da escuridão volta violentando as fronteiras que sua claridade descobriu. Se eu tivesse lagrimas as derramaria, saiba, algo ainda dói em algum lugar e por isso abdiquei... De sofrer ainda mais um dia.
Por um lado vi encanto e por outro amargura, pacto de beleza obscura. Não se surpreenda se não choro, é que aprendi a esperar pela facada – inevitável – que num tardar a vida sempre talha.