domingo, 6 de dezembro de 2009


Antiga escrita da arte do sangue
traz de volta o contentamento
que todos os dias a vida rouba.

Num túmulo escuro me conforto,
fui expulso dos 14 reinos e prossigo
uma mentira de paz aparente.

Tudo portas ao acaso, sem mistérios
a existência se arrasta em corrente,
passei uma década na janela
observando altruísmo e bondade.

Sonho consideráveis pesadelos,
quando tédio é uma constante,
medo é uma joia rara.

Não pretendo chegar a lugar algum, desisti das pretensões, não sinto essa obrigatoriedade de ser feliz, vejo-me a parte, na superior arrogância da solidão.
Meus dias seguem feitos de névoa vaga, sempre acabo antes dos momentos.
É a beleza angustiante de viver em fragmentos.
Num mundo feito de contrastes, uns nascem luz outros trevas, nada mais.
O projeto divino é cheio de falhas...